AULA DO DIA 20/11/2010

 Incrível como cinco minutos faz diferença. Demorei cinco minutos para sair de casa hoje (6:40) sempre saio 6:35, resultado, perdi o onibus, 15 minutos para passar o outro, cheguei no terminal, perdi o circ. sul, 30 minutos para passar o outro, enfim, me custou 30 minutos de atraso na aula de hoje.
Quando cheguei estavam assistindo Curta metragem " O melhor Lugar"

Muito interessante a história, nos mostra como podemos interferir na vida de uma criança observando os  mínimos detalhes que acontecem na vida de cada uma no dia a dia com seus familiares, seus amigos enfim, devemos estar sempre atentos para os pequenos detalhes e observar sempre o que se passa com as pessoas que ficam isoladas, tristes, quietas...
Na seqüência assistimos quatro videos, que resultou em nossas atividades da aula de hoje.

É interessante registrar que o material era sobre o ECA, destacando-se os direitos da criança e do adolescente. Logo após, tivemos algumas instruções "puxãozinhos de orelhas", e lembretes costumeiros, falamos sobre nossa visita ao circulo cultural de Curitiba dia 02/12/2010.
Fizemos um questionário sobre o assunto que assistimos nos videos, trocamos as perguntas e respondemos.
Nosso tutor nos falou sobre o dia 20/11, e para saber mais pesquisei e achei esse texto publicado a seguir...   
 

Era uma vez a Praça Onze
Negros e judeus dividiram a mesma área no Rio de Janeiro no início do século XX, 
mas suas histórias comuns não ficaram na memória




Nas quatro primeiras décadas do século XX, negros vindos da Bahia e da região cafeeira do Estado do Rio e judeus do Leste Europeu dividiam ruas, escolas e até casas no bairro Praça Onze, que abrangia dezenas de ruas do Centro do Rio de Janeiro. Os dois grupos tinham muito em comum: um passado recente traumático – escravidão para os negros e perseguições religiosas para os judeus – e religiões malvistas pela sociedade.

Sem profissões definidas, eles tentaram se adaptar à nova terra trabalhando nas ruas, vendendo mercadorias, produzindo boa música, boa comida, e exibindo um humor refinado. Para negros e judeus, a Praça Onze era ponto de referência, mas os dois grupos a ocupavam de maneiras distintas. Enquanto os negros mantinham instituições informais, sem sedes ou estatutos, os judeus criavam jornais, clubes, sinagogas e escolas. Sua vocação para a política formal e, muitas vezes, de oposição, era explícita, a se julgar pela quantidade de membros da comunidade filiados a correntes políticas brasileiras ou europeias. Os negros, embora organizados na festa, na religião e na solidariedade, não quiseram ou não puderam integrar partidos ou criá-los.

Em 1942, o bairro foi demolido para que a Avenida Presidente Vargas pudesse passar, mas entrou para a mitologia carioca como o berço das manifestações mais brasileiras: o samba, o choro, o carnaval. Muito se fala da Praça Onze em sambas clássicos e textos acadêmicos. Negros e judeus contam sua história, mas uns não falam dos outros quando reconstituem esse passado. “Como se um grupo fosse invisível para o outro”, comenta o escritor Sérgio Cabral. No entanto, há fotografias de judeus nos blocos de carnaval e relatos de negros fluentes em iídiche.

Texto de Beatriz Coelho Silva